SONHO
Momento encantado em minha vida,
que mudou a distância das estrelas,
e fez o mar tornar-se musical.
A estrada íngreme, então, se fez florida!
As emoções, voltaram! E ao reavê-las,
senti-me acima do bem e do mal!
Meu coração abriu-se docemente!...
Respiro agora, o cheiro do prazer
a inebriar, qual primavera em flor...
com a alma, outra vez, adolescente,
sinto o amor em meu corpo, florescer...
e me entrego ao sonho encantador!
Que sonho é este, que me surpreende...
que me faz tão pequena e tão gigante...
contraditória, pois... começo e fim!...
Que sentimento, é este, que me rende...
que me seduz, fremente e excitante...
que sonho é este, que me deixa assim?
Rompendo nuvens, descobrindo espaços...
singrando estradas, antes, intocadas...
momento lindo!... Doce apoteose!
Mudando arestas, desatando laços...
de repente, emoções inusitadas...
e no meu peito, esta metaformose!
Qual cachoeira em louca agitação,
o som das águas, ecoando forte...
a alma livre... o coração em festa!
Na plenitude da excitação,
indiferente à dor, à própria sorte,
felicidade, enfim, se manifesta!
O que fazer com tanta inquietude!...
Com esta febre que me atordoa...
que me enlouquece, e me embarga a voz?
Venci o tédio. As emoções, não pude!
Sonho acordada com a hora boa
em que o amor faz um sinal p'ra nós!
Tudo acontece! O céu se multiplica!
São tantos sóis, e também, tantas luas,
que as estrelas, luzem, divididas!
A paz que vem depois, ninguém explica!...
Um suave perfume invade as ruas!...
As flores, resplandecem, coloridas!
Um grande amor, sonhei! E por encanto,
o fascinante elã da natureza
absorveu meu sonho embriagador!...
E agora, que amo tanto, tanto...
só desejo entregar-me à correnteza
que me conduz ao porto desse amor!
Eu nunca mais hei de amar tão forte,
sentindo n'alma, o impulso benfazejo
da emoção, do sonho, e do prazer!...
Quero viver assim, até a morte...
quero morrer, sentindo este desejo...
e no mesmo desejo, renascer!
Meu coração, feliz, embevecido,
ouve a canção perene de ternura,
entre os encantos que o amor encerra.
E nos andaimes do desconhecido,
o sentimento explode com loucura...
o paraíso habita céu e terra!
Na vibração sem par, da fantasia,
tudo é magia... tudo é esperança...
meu pensamento, voa como quer!
O mar que chora, é pura sinfonia!
Nos arroubos do sonho, sou criança!...
Nos delírios do amor, eu sou mulher!
(Dilma Damasceno)
que mudou a distância das estrelas,
e fez o mar tornar-se musical.
A estrada íngreme, então, se fez florida!
As emoções, voltaram! E ao reavê-las,
senti-me acima do bem e do mal!
Meu coração abriu-se docemente!...
Respiro agora, o cheiro do prazer
a inebriar, qual primavera em flor...
com a alma, outra vez, adolescente,
sinto o amor em meu corpo, florescer...
e me entrego ao sonho encantador!
Que sonho é este, que me surpreende...
que me faz tão pequena e tão gigante...
contraditória, pois... começo e fim!...
Que sentimento, é este, que me rende...
que me seduz, fremente e excitante...
que sonho é este, que me deixa assim?
Rompendo nuvens, descobrindo espaços...
singrando estradas, antes, intocadas...
momento lindo!... Doce apoteose!
Mudando arestas, desatando laços...
de repente, emoções inusitadas...
e no meu peito, esta metaformose!
Qual cachoeira em louca agitação,
o som das águas, ecoando forte...
a alma livre... o coração em festa!
Na plenitude da excitação,
indiferente à dor, à própria sorte,
felicidade, enfim, se manifesta!
O que fazer com tanta inquietude!...
Com esta febre que me atordoa...
que me enlouquece, e me embarga a voz?
Venci o tédio. As emoções, não pude!
Sonho acordada com a hora boa
em que o amor faz um sinal p'ra nós!
Tudo acontece! O céu se multiplica!
São tantos sóis, e também, tantas luas,
que as estrelas, luzem, divididas!
A paz que vem depois, ninguém explica!...
Um suave perfume invade as ruas!...
As flores, resplandecem, coloridas!
Um grande amor, sonhei! E por encanto,
o fascinante elã da natureza
absorveu meu sonho embriagador!...
E agora, que amo tanto, tanto...
só desejo entregar-me à correnteza
que me conduz ao porto desse amor!
Eu nunca mais hei de amar tão forte,
sentindo n'alma, o impulso benfazejo
da emoção, do sonho, e do prazer!...
Quero viver assim, até a morte...
quero morrer, sentindo este desejo...
e no mesmo desejo, renascer!
Meu coração, feliz, embevecido,
ouve a canção perene de ternura,
entre os encantos que o amor encerra.
E nos andaimes do desconhecido,
o sentimento explode com loucura...
o paraíso habita céu e terra!
Na vibração sem par, da fantasia,
tudo é magia... tudo é esperança...
meu pensamento, voa como quer!
O mar que chora, é pura sinfonia!
Nos arroubos do sonho, sou criança!...
Nos delírios do amor, eu sou mulher!
(Dilma Damasceno)
06/01/2007