terça-feira, 26 de junho de 2007

"LAÇOS DE FAMÍLIA"...

Eu, no centro, com Estélio e Efigênia

Nós três nos conhecemos em momento difícil!...
Mas, como foi fácil, estreitarmos os laços afetivos!
Uma prima muito querida, Terezinha Linhares Faustino,
sempre me falava do irmão, Estélio
(o primo que eu sempre desejei conhecer),
e que há muitos anos, reside em Brasília.

E quis o destino,
que eu somente conhecesse pessoalmente, o primo Estélio,
por ocasião da partida de Terezinha, para o plano espiritual.

Foi simpatia à primeira vista!
Em pouquíssimo tempo,
Estélio já não era somente um primo querido,
mas também, um irmão de coração...
e portanto, Efigênia,
que comecei considerando “prima” e amiga,
passou a ser também, uma querida “cunhada”!

Tocada por lembranças emocionantes,
cumpre-me intercalar um sentimento que não consigo calar:

(Pois, então, inesquecível prima Terezinha!...
Onde quer que estejas, - e como és uma alma linda,
estás em lugar iluminado por Deus -,
sei que sabes,
que sempre fostes para mim, uma prima muito irmã!

É gratificante recordar as tuas habilidades,
o teu ar festivo,
a tua simplicidade!...
Cumpristes as missões terrenas,
sempre com integridade, determinação, e generosidade.

Eu faço parte do time que acredita:
“colhemos o que plantamos”!
Fostes um grande exemplo de filha, mãe, irmã, mulher, e amiga.
Plantastes o bem!... Colhes o bem!
Portanto, por tudo de bom que sempre fizestes,
só me resta, dizer-te:
Que Deus te ilumine mais e mais, Prima-Irmã Terezinha!)

Voltando ao relacionamento com Estélio e Efigênia,
cumpre-me declarar: melhor, não poderia ser!...
Compreensivos e amáveis... (os filhos, seguem o mesmo exemplo),
estão sempre cercados de familiares e de amigos.

E aqui,
simbolicamente eu tiro o chapéu para os parentes de Efigênia,
pessoas receptivas, acolhedoras, e fraternas.

E sabem o que mais?!...
- Estélio adora uma Schincariol...
é um curtidor...
gosta de dançar... de brincar...
em suma:
gosta de aproveitar a vida!
Efigênia, - sua cara metade -, está sempre do seu lado,
manifestando compreensão e cordialidade.

O que mais me encanta em Estélio,
é a consideração que Ele tem pela família e pelos amigos.
E somente isso (como se fosse pouco!),
justifica porque o primo Estélio, perdeu uma irmã,
e logo, ganhou outra: Eu!
Cumpre-me confessar que me senti muito emocionada e satisfeita
com a ampliação do nosso parentesco!

É sempre no mês de Janeiro que nos encontramos.
Todavia, nos últimos “janeiros”,
não pude estar com Estélio e Efigênia!
“Coisas da vida”, como diria a Prima Terezinha,
se ainda estivesse entre nós, fisicamente!

Estélio, Efigênia, e familiares!
Espero que leiam o que andei escrevendo aqui...
e que sintam na escrita,
a minha admiração pela forma como Vocês encaram a Vida!

E, “cá entre nós”, Primo-Irmão Estélio...
eu sinto que abrigas no peito, o coração generoso dos “Linhares”...
porém a essência de tua alma, espelha autenticamente,
a energia calorosa dos “Faustino”!

E que assim seja, sempre!...
Amém!


“LAÇOS DE FAMÍLIA”

No lar, a melhor mobília,
não é de móveis, nem panos,
mas, de valores humanos,
contendo a marca: “família”!...

A “família”, é ouro puro
da mina do coração!...
Primeira Instituição;
primeiro porto seguro!

Assim quis, o Pai Divino:
que eu vivesse em aldeias!...
E que tivesse nas veias,
o sangue bom dos “Faustino”!

O meu saber é pequeno!...
Mas, tenho o prazer de ter,
pulsando forte em meu ser,
a alma dos “Damasceno”!

Dos meus clãs, eu sempre quis
conhecer todo o passado!...
Seja qual for, meu legado,
quero encontrar, - a raiz!

E enquanto eu tiver tino,
e o meu dinheiro, der...
farei tudo que puder,
p’ra desvendar meu destino!

Aos Leitores, uma vênia
eu externo!... E com apreço,
estes versos, ofereço
a Estélio e Efigênia!

(Dilma Damasceno)
Brasil/Nordeste/Natal, 26 de Junho de 2007

sexta-feira, 22 de junho de 2007

O QUE MAIS DÓI...


Sempre fui corajosa, determinada, aguerrida!...
Por que, então, no campo afetivo, não contenho os impulsos...
não sufoco os desejos... e não esqueço os desencantos?!...

Sonhando, sofrendo, sentindo, e penando...
eu me convenço:
O amor nasce, cresce, vive, e morre, independente de nossa vontade.
Às vezes, dura uma vida toda... outras vezes, dura apenas um dia.
Muitas vezes, porém, um só dia, pode conter toda uma vida!
Impulsionada pela nostalgia dominante,
não posso evitar um amargo e sentido desabafo:



O que mais dói, além da dor atroz
que me atordoa, intensa e crucial...
mais entristece a minha alma triste:
- "Eu" e "Você", jamais seremos "Nós"!
- O nosso amor, nunca será “real”!...
- Só a distância entre "nós dois", existe!


(Dilma Damasceno)

DIVAGANDO...


“Quis saber o que era o amor, por experiência,
e hoje que, enfim, conheço o seu conteúdo,
pudera eu ter, eu que idolatro o estudo,
todas as ciências, menos esta ciência!”

(AUGUSTO DOS ANJOS)



Penso em "Ti"... e surpreendo
em meu sentir, pensamentos
que reacendem esperanças!...
Ao teu fascínio, me rendo!...
E me perco em sentimentos
de indeléveis lembranças!


No resvalar das surpresas,
as esperanças, acesas,
suavizam mágoa e dor!
A minha alma, delira!...
O meu coração, suspira!
... "Era uma vez... o amor"!


(Dilma Damasceno)

sábado, 16 de junho de 2007

POR TI...




Enfrentaria o deserto abrasador...
os temporais... a fúria das enchentes...
andaria sobre espinhos e dormentes,
por um momento só, do teu amor!


(Dilma Damasceno)

DELÍRIO




... O sonho invade a alma taciturna,
revolvendo secretos pensamentos!...
E os mais delirantes sentimentos
são evocados, sob a luz noturna!


(Dilma Damasceno)

terça-feira, 12 de junho de 2007

LÁGRIMA DOCE




Receba uma lágrima doce,
de delirante sabor!...
Suave, como se fosse,
um beijo de beija-flor!


Esta lágrima, a brilhar,
fremente de emoção,
é transbordante do olhar...
mas, nasceu do coração!


Sinta o aroma saudoso
que esta lágrima, oferece...
e o sentimento ardoroso,
fluindo em forma de prece!...


Nesta lágrima, está presente
o som de "esbatidos" passos,
seguindo, amorosamente,
em direção aos seus braços!


Presentes, também estão,
o carinho e a ternura...
carícias do coração,
e da essência mais pura!


Peço a Deus, que a nostalgia
não transforme amor, em dor!...
E ao sabor da "estesia",
declaro aqui, com fervor:


Neste ensaio de poesia,
a "lágrima doce",- incolor,
com ar de melancolia -,
encarna o mais puro amor!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, 12 de Junho de 2007

AMOR DISTANTE




Na solidão da madrugada, o ar soluça!
E como dói, o “coração alado”...
que num voejo ousado e delirante,
foi detido!... E agora, se debruça
na janela do sonho encarcerado!
- Onde estás? Onde estás, “amor distante”?!...


(Dilma Damasceno)
12 de Junho de 2007

domingo, 10 de junho de 2007

OUTONO




Vai ficando mais distante,
a primavera sonhada!...
Em minha íngreme estrada,
o desalento, é constante!


Pertinaz, sopra o outono,
que parece não ter fim...
E grava as marcas em mim,
da mágoa, e do abandono!


E assim, vou caminhando,
imersa no desconforto,
por ter no peito, chorando,
um coração quase morto!


(Dilma Damasceno)

UM LOUCO IMPROVISO



Por ser literalmente apaixonada pela poesia,
estou sempre pesquisando, em busca de criações poéticas...
E assim, tenho encontrado “grandes poetas” e “mestres”!
... Na Internet, visitando o Site : POEMAS de JOAQUIM MARQUES,
eu, que sempre me encanto com a força das palavras,
encantei-me com um poema, contendo em todas as estrofes,
a manifestação inicial: “Ama-me só por amar”...

E confesso:
Ousei apropriar-me da forte manifestação!
Atitude insana (?),
que resultou na inspiração de “um louco improviso”!...
Mas, pode apresentar a conta dos direitos autorais, caro Poeta!...
Pagarei com prazer!



"Ama-me só por amar"
... E quem me dera que fosse
tão simples, exercitar
o sentimento agridoce!...


Seguindo essa intuição,
eu me atrevo a pedir:
Sinta-me só por sentir...
sem pensar na emoção!


... Calidamente, o lirismo
invade o meu versejar!...
Mas, como é doce, pensar
sem amargura... e, sem dor!


E entregue ao romantismo,
meu coração sem juízo,
arrisca um louco improviso:
Ama-me só por amor!


(Dilma Damasceno)

sexta-feira, 8 de junho de 2007

MUDANÇA DE ESTAÇÃO



Em consonância com a minha forma de ser,
atrevo-me a rasgar o coração,
despir a alma,
e desabafar livremente!...




São surpresas da vida, - As mudanças!
E de estação em estação, os pensamentos
vão fluindo ao sabor dos sentimentos,
como se fossem sementes de esperanças!


Muitas vezes, porém, o coração
frente ao glamour, esquece a singeleza!...
Indiferente à mágoa, e à tristeza,
suspende o sonho... e, muda de estação!...


Foi assim que o ”amor” agiu comigo:
Carinho... sedução... depois, castigo...
desilusão... adeus... e, sofrimento!...


O “rio doce”... o sonhado “rio doce”,
passou, e me esqueceu, como se eu fosse
a estação do próprio esquecimento!


(Dilma Damasceno)

ESTÍMULO



Um Poeta que muito admiro, depois de ler a minha poesia:
O FIM DO SONHO”, comentou:

“Há mar e mar...
Há ir e voltar!”

Li, emocionada e sensibilizada... mas, optei por ficar silente.
Coisas do coração!

Decorridos 13 (treze) dias, o admirável Poeta, retorna e diz:

“Dilma,
Tenho uma reclamação a apresentar:
Desde o dia 25 de Maio que não publica nada...
Vá lá... um poema!”

Reclamação recebida, e considerada procedente!
Sinto-me lisonjeada!
Pena que a minha inspiração ainda esteja sob os efeitos
da ressaca da amargura!...

Mas, como não atender pedido tão cativante?!...
Portanto, caro menestrel Joaquim Marques,
eu te ofereço o poema “
Estímulo”,
como símbolo de prazerosa gratidão:



Sim, eu sei... “Há mar e mar...”
Que o diga, meu coração!
Também, “... há ir e voltar!”...
Como há pecado... e, perdão!


Mas, foi no “mar de sargaços”,
que tive a sorte mudada!...
Que me detive, enredada...
sem amarrações ou laços!


Com a mudança da sorte,
eu me senti desarmada!...
Sem esperança e sem norte:
uma pobre alma penada!


Então... decidi mudar,
p’ra não sofrer mais assim!...
E agora, eu só vou amar
quem sentir amor por mim!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, 07 de Junho de 2007