quarta-feira, 17 de agosto de 2011

REFLEXOS...


 
Oh, coração renitente...
sempre fostes tão valente!…
Por que, hoje, tu emites
um pulsar triste, ansioso,
saudosista, e, desditoso?!...
Eu te peço: não me fites
com olhar de estranheza;
nem me deixes indefesa,
a pensar: “era uma vez...";
não faças assim, comigo…
bem sabes que não consigo
resistir à placidez,
quando a tarde morna e bela
se transforma em aquarela
na hora do sol poente!…
Oh, coração… coração…
tua ávida pulsação,
- sustenida e envolvente -,
enternece os meus sentidos
quando vejo as borboletas
desenhando piruetas
sob os raios coloridos!


… E quando, fúlgida e bela,
a borboleta amarela
desenha idílicos voejos…
minha alma apaixonada,
literalmente encantada,
enlouquece de desejos!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN-Nordeste-Brasil, em 17 de Agosto de 2011