terça-feira, 19 de janeiro de 2010

REGRESSANDO...



19 de Janeiro de 2010!

Em diversas localidades brasileiras, o dia de hoje antecede
importantes comemorações e feriados
em homenagem ao Mártir da Fé Cristã, São Sebastião,
protetor da Humanidade contra a fome, a peste e a guerra.
Ao mesmo tempo, é data de grande expectativa
para o homem do campo!

A maioria dos agricultores acredita que algumas previsões climáticas
podem estar associadas com certos dias santos.
Por exemplo:

Relâmpagos no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição,
significa ótimo prenúncio de inverno;

Se durante o amanhecer do dia de Santa Luzia, 13 de Dezembro,
aparecer uma “barra” de nuvens no horizonte,
é previsto um inverno chuvoso;

Se não chover até o dia de São Tomé, 21 de Dezembro,
provavelmente, só choverá em Janeiro do próximo ano;

O dia de “Santos Reis”, 6 de Janeiro, pode ser um sinal de inverno
se aparecer uma “barra” longa no céu, no momento do pôr-do-sol;

Se em 2 de Fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias,
o vento soprar a fumaça para o lado do nascente,
pode-se contar com bom inverno,
e melhor ainda será, se chover exatamente nesse dia;

Na procissão realizada no dia de São Sebastião, 20 de Janeiro,
os galhinhos de laranjeira levados pelas beatas, “não murcham”,
se “Deus quiser um bom inverno para o próximo ano”;

E praticamente todos os agricultores acreditam que,
se não chover até 19 de Março, dia de São José, a plantação
e, consequentemente, toda a produção agrícola, estarão ameaçadas.
O dia de São José representa, pois, a última esperança de chuva
para os agricultores que dependem dela para a sobrevivência!

Assuntos dessa natureza, sempre despertaram o meu interesse,
e como voltei ao meu Brasil, em 1 de Novembro,
dia de “Todos os Santos”… e nesta véspera do dia de São Sebastião, ainda me encontro no meu “recanto caboclo”,
andei conversando com vários agricultores, e ouvi diversas opiniões,
envolvendo as experiências dos sertanejos sobre o inverno.

Enquanto me envolvo com essas coisas, também já me preparo
para mais uma travessia sobre o Oceano Atlântico,
no voo 0148 -TAP, Natal - Lisboa,
com saída prevista para 01:55 horas do próximo dia 21.

As horas passam rapidamente.
Sinto-me ligeiramente nostálgica, o que sempre me acontece
quando se aproxima o momento de embarcar no “pássaro de ferro”!

Por outro lado, o silêncio predomina.
Por ser costume do camponês, dormir cedo,
a Comunidade do “Lima” já dorme!
Sem sono, eu me disponho a aguardar o romper da aurora!

Aqui na “Bela Vista”, - meu habitat natural e singelo -,
acho “tudo”, liricamente, belo!

E então, aproveito para curtir a lua…
admirar os pirilampos nos juncais…
presenciar o clarão do firmamento espelhado na Lagoa…
ouvir o cantar da passarada noturna…
saborear a paz que emana, tomando conta da noite!

Respirando o cheiro bom do campo,
deixo-me embalar pela brisa tropical que a natureza sopra!…
E logo me voltam ao pensamento, palavras de carinho que
enterneceram meu coração e aqueceram minha alma,
em momentos de sedutora virtualidade!...

Entregue ao sentimento, releio mentalmente, um acróstico que simboliza o começo de um sonho sem medidas,
sem fronteiras, - e permita Deus -, sem fim!
Estou a falar de um lindo sonho virtual, que felizmente,
transformou-se em apaixonante realidade!…
Meu pensamento se detém no encantador escrito…
para ser mais exata, no escrito mais emocionante que já recebi!
Ordena o meu coração, que eu transcreva o carinhoso acróstico…
E como não sei contrariar o “ordenante”, obedeço!

Eis então, uma transcrição impregnada de ternura,
reveladora de uma escrita
que representa uma dulcíssima carícia em meu ser:



Dizia-me a minha forte intuição,
Independentemente da escrita poética, dos
Lamentos do seu coração, havia naquela Mulher
Madura um vulcão adormecido de sedução,
Amor e libido em repressão duma adolescência genuína.


Depois desta minha descoberta
Amparado pela lucidez da respeitabilidade,
Movido pelo melhor sentimento de
Amor, genuíno, altruísta, humilde,
Sucumbi eu mesmo, aos encantos da pureza,
Conheci nela o que eu busquei a vida toda:
Energia pura da libido, candura erótica, inocência
No prazer obtido, desejado, querido, oferecido,
Onde só no Paraíso acontece.


Outubro do ano de dois mil e Sete
Joaquim Marques Almeida Cruz


A primeira vez que lí o emocionante acróstico,
senti uma sensação inexplicável.
Pensei:

"Ou eu cheguei ao Céu, ou os Anjos desceram à Terra"!
Que coisa mais linda, Joaquim Marques Almeida Cruz!...
Queres que eu enlouqueça de emoção?!... Queres?!...

… Passados dois anos e três meses, eis como sintetizo o que sinto:



Que fale o meu coração,
- com ternura e emoção -,
representando o meu ser!…


Que transborde a poesia
- fonte de pura estesia -,
que anima o meu viver!


Que resplandeça a bonança,
refletindo a esperança
no olhar que me embevece!…


Que a vida sempre sorria
para o ser que me extasia,
adoça, excita, e aquece!


(Dilma Damasceno)
Cascais-Portugal, em 19 de Janeiro de 2010


… E viva “São Sebastião”!

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