sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ILUSÃO



... E porque precisava falar... transigir... desabafar...
e me encontrava sem inspiração,
eu me socorri de um poema do fantástico Poeta
Manuel Bandeira.
Vale a pena, ler esta maravilha...
HIATO

“És na minha vida como um luminoso
Poema que se lê comovidamente
Entre sorrisos e lágrimas de gozo...

A cada imagem, outra alma, outro ente
Parece entrar em nós e manso enlaçar
A velha alma arruinada e doente...

Um poema luminoso como o mar,
Aberto em sorrisos de espuma, onde as velas
Fogem como garças longínquas no ar...”



Desejei...
e como desejei escrever um texto em prosa,
para manifestar
a emoção sentida com a leitura dos lindos versos!..
Não consegui!
A melancolia resolveu falar mais alto...
e me induziu a pensar em sonhos proibidos!...
Então, pensei que versejando,
conseguiria manifestar o sentimento de melancólica incerteza
que tomou conta do meu ser...
mas, somente consegui escrever 10 (dez) pobres linhas!...
E naturalmente, fica difícil ser compreendida,
como gostaria:
a partir do meu estado de espírito...




Não pensei que “amar” fosse pecado,
nem que o “sonho”, fosse proibido!...
Sempre achei que o amor, só tem sentido,
quando quem ama, também é amado!
Ao desejo do sonho mais sonhado,
eu me entreguei, de alma e coração!
Amei!... Sonhei!...Vibrei de emoção!...
Só não sabia que era alto, - o preço!
... E agora, tristemente, eu reconheço
que “tudo” não passou de “ilusão”!


(Dilma Damasceno)

Nenhum comentário: