domingo, 9 de outubro de 2011

PELOS CAMINHOS DO CORDEL...


Concordo plenamente com o sentimento contido na “Canção da América”,
de autoria de Fernando Brant e Milton Nascimento, que inicia assim:

“Amigo é coisa para se guardar
debaixo de sete chaves
dentro do coração…”

5 (cinco) anos atrás, conheci o amigo português, o grande e generoso
Carlos Ferreira, Alentejano e Eborense… Ele me ajudou a divulgar os meus escritos, com a criação desta Janela…
e então, outros amigos surgiram.

Sinto-me gratificada, e até me faltam as palavras adequadas
para demonstrar o meu reconhecimento pela atenção recebida de pessoas que admiro e respeito. 

Emociona-me, ver alguns dos meus escritos, publicados nos Sites: 

Canadá/América do Norte;

Portugal/Europa;

Varanda das Estrelícias – Uma Ponte sobre os Oceanos
Portugal/Europa;

 http://www.pedrasdefogoonline.com.br/
Brasil/América do Sul.

É público e notório, que sempre fui apaixonada pela terra lusa.
E é igualmente público e notório, o grande amor que sinto pelo meu Brasil,
“… país tropical, abençoado por Deus… e bonito por natureza…”,
como definiu com muita propriedade, o admirável compositor e cantor brasileiro, Jorge Ben Jor.

O meu Brasil de dimensão continental, é um “Brasilzão” de muitos “Brasis”!…
Sou de um Brasil chamado Nordeste... e como sabem,
nasci no Rio Grande do Norte, portanto, posso declarar-me Potiguar, norte-rio-grandense ou rio-grandense-do-norte. Elejo a denominação “potiguar”, justificando:

Potiguar ou Potiguara é o nome de uma grande nação tupi que habitava a região litorânea do que hoje são os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Em tupi quer dizer “comedor de camarão”… (acho que está explicado porque gosto tanto desse fruto do mar… em verdade, o meu paladar já habituou-se que o Domingo sempre é dia de camarão... risos)

Já mencionei em diversas postagens, mas não me canso de mencionar:
sou Seridoense, e Sertaneja…
e aqui, cumpre-me externar um agradecimento aos meus ancestrais,
pois, embora Eles tenham percorrido as plagas nordestinas,
como as “aves de arribação” (sempre mudando de pouso),
em dado momento, elegeram um lugar para criação de laços e raízes…
e então, vim ao mundo, em Caicó… 

"Quando o sertão era virgem, a tribo dos Caicós, célebre pela sua ferocidade,
julgava-se invencível porque Tupã vivia ali, encarnado num touro bravio que habitava um intricado mufumbal, existente no local onde está, hoje, situada a cidade de Caicó".
(Manoel Dantas, in Homens de Outrora. Sebo Vermelho Edições)

A presente explanação (em sintonia com a justificativa referida),
foi também para registrar o orgulho que sinto, sempre que posso saborear
a originalidade existente no Nordeste Brasileiro. 

Voltando o olhar para os sites que divulgam meus escritos,
e encantada com todos,
eis que me detenho no site http://www.pedrasdefogoonline.com.br/
 conhecido como “Pedras de Fogo Online”…
com navegação em águas brasileiras e nordestinas…
mais precisamente, em águas de Pedras de Fogo-Paraíba… 

Vale a pena conferir as informações e as imagens
que demonstram fielmente, a origem, a autenticidade, 
a tradição, a hospitalidade…
e ao mesmo tempo, o talento, a arte, e a cultura…
revelando com clareza, o progresso crescente de um povo trabalhador,
perseverante, sábio, simples, e crédulo. 

O “Pedras de Fogo Online”, tem como editor, o Ilustre
Manoel Virgolino dos Santos,
radialista, autodidata, pesquisador e divulgador da cultura popular,
além de defensor do fortalecimento da identidade cultural do Nordeste.

Tenho o privilégio de contar com a amizade de Manoel Virgolino,
e com imensa gratidão, registro o recebimento de um E-mail contendo uma valiosa manifestação,
que transcrevo, para melhor demonstrar o valor
da solidariedade, da atenção, e da amizade:   


Dilma Damasceno Poeta,
Assim eu escreveria,
Caicó fica repleta,
De orgulho e alegria
Com sua obra seleta,
Seu nome só se completa,
Se colocar poesia.

(Manoel Virgolino dos Santos)


Lendo palavras tão significativas, tenho a sensação de estar sendo laureada. 

Portanto, “faço de conta”
que, "Janela Da Minha Rua" virou um iluminado “Palco",
e que, admiradores da cultura popular,
apresentam manifestações sobre o autêntico e genuíno estilo…
com “espírito cordelístico”, penso na importância das palavras… recapitulo a elogiosa setilha…
e declaro:


Ligeiro como um corcel,
galopa o meu pensamento.
Tento imprimir no papel,
emoção e sentimento…
então, desenho um batel!…
De um lado, um carrocel;
e do outro, um catavento.

No batel, pinto a pureza
do meu tempo de menina;
no carrocel, a clareza
que alumia e fascina;
no catavento, a leveza
que incensa a natureza,
e acaricia a campina!

Prezado Amigo Manoel:
faz bem ao meu coração…
e é doce como o mel,
contemplar a construção
do meu nome, assim: fiel
aos encantos do cordel,
e ao dom da inspiração!

Confesso que não domino
a compulsão de escrever
minha vida, meu destino,
meu sentimento, e meu ser!…
E enquanto eu tiver tino,
evocarei o ensino,
na condução do viver!

Meu coração campesino
segue sempre em linha reta
rumo ao sentir genuíno!...
Minha paixão predileta,
é o cordel nordestino!
… Com prazer, me imagino
 “Dilma Damasceno Poeta”.

Natal/RN-Nordeste-Brasil, em 27 de Agosto de 2011

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