SOL DE VERÃO (I) - RELEITURA
Neste 18 de Maio, despertei ligeiramente atordoada…
tenho experimentado algumas mudanças, envolvendo:
clima, estações do ano, usos e costumes, etc. etc. etc…
Na Europa, é Primavera; na América do Sul, é Outono.
Tento pois, esquecer o meu atordoamento,
recordando algumas leituras do tempo escolar:
o período quente (em latim: "ver"), era dividido em três fases:
uma delas, o Prima Vera (literalmente: "primeiro verão").
Então, penso: deve ser por isso que estou a sentir
um delicioso cheiro de primavera com sabor de verão…
o que me anima à releitura de um poema que escrevi
em 28 de Setembro de 2007.
E para identificar a fonte inspiradora do sentimento manifestado, eis as referências:
América do Sul/Brasil/Nordeste/Rio Grande do Norte/Macaíba/Lima…
Fazenda Bela Vista (meu “recanto caboclo”)…
Era uma linda manhã de Primavera…
depois de ter feito um tour pela orla marítima de Natal/RN,
fui para o campo, - meu habitat natural -,
onde me sinto completamente identificada com a natureza
e com a simplicidade!
SOL DE VERÃO (I)
(Releitura)
Os passarinhos gorjeiam
em bandos, pela floresta...
Nas praças, os namorados
fazem promessas de amor!...
Adolescentes, passeiam
felizes, de braços dados!...
Canta alegre, o trovador!...
No mar, é tempo de festa!
Resplandece a poesia
que rege amor e paixão!...
Tudo é sonho e sinfonia...
No céu, é sol de verão!
- Venha ver o esplendor
que veste o mar, colorido
pelas mãos da Natureza!
Deixe o sonho embriagador
retornar, enlouquecido!...
Venha ver quanta beleza!
Há flores pelos caminhos,
e no áspero rochedo,
as aves fabricam ninhos!...
Não há razão para o medo!
O corpo, ardendo em desejos!
Um forte apelo no olhar!
O vento, trazendo beijos!...
Meu Deus! Como é bom amar!
- Acorda, criança bela!
O verão, brilha no ar!
Olhando o céu, descobri
a sedução que aflora!...
A borboleta amarela,
candidamente, a bailar,
conquistou o colibri,
sob os raios da aurora!
… O céu turquesa, brilhando!…
O mar, pela luz, envolto!...
O sentimento, jorrando!...
O amor, voando solto!
Luminoso amanhecer!...
Deslumbrante paraíso!...
Assim, não dá para ter
nem um pingo de juízo!
Subindo montes de areia,
pulando cercas de arame,
ai, que louco coração!
Adormecida sereia,
não sinta medo!... Só, ame!
Acorde!... É sol de verão!
(Dilma Damasceno)
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