segunda-feira, 22 de outubro de 2007

MINHA SAGA (FANTASIA VERSUS REALIDADE) - VIII




“O MILAGRE DA METAMORFOSE”



O Século XXI, foi chegando com feições impregnadas de luz,
ecletismo, versatilidade, manifestações naturais!

Em cada esquina, um sinal da evolução do ser humano!
Em cada canto, uma demonstração da existência de Deus!

A vida, indiferente aos desejos, esperanças, e sonhos,
anda, corre, voa, e passa, como se fosse um alucinado cometa!

Não sei se poderei acompanhar tanta evolução!...
Mas, penso:


Pouco a pouco, sem quase perceber,
de degrau em degrau, estou chegando
ao destino da minha caminhada!
Sem conseguir, as emoções, conter,
de degrau em degrau, sigo, escutando
meu coração, pulsar, em disparada!


E como se não bastasse, ainda me surpreendo,
pensando nos encantos e desencantos da vida!...

Não consigo evitar a melancolia!...
Talvez, porque, neste momento, esteja chovendo lá fora...
e também, porque esteja chovendo em meu coração!
E então, versejo:


CHUVA E MEMÓRIAS

“O passado é um segundo coração que bate em nós.”
(HENRY BATAILLE)


A chuva cai lentamente
sobre o chão acinzentado.
Sinto um desejo latente,
de recordar o passado:

Minha infância de pureza!...
O meu lindo gato, “China”.
As coisas da natureza,
que me tiveram “menina”!

A chuva cai docemente
e se espreguiça no chão.
Uma saudade dolente,
aperta o meu coração!...

Minha infância, longe, vai!...
Morreu, meu querido gato!
A lágrima, que agora, cai,
é de puro substrato!

A chuva cai, deslizando,
apaixonada!... Feliz!
E assim... vou recordando
os sonhos primaveris.

E a chuva, sem saber
da minha metamorfose,
cai gentilmente, a correr
em perfeita apoteose!

Meus olhos, enternecidos,
contemplam “visões reais”!...
Lembranças dos tempos idos!...
Memórias que a chuva traz!

Com graça e simplicidade,
a chuva cai, pura e mansa!...
Ai, meu Deus! Quanta saudade
dos meus tempos de criança!


Vivendo e Aprendendo”,
tento acompanhar a corrida do tempo!

E embalada pela força do sentimento espiritual,
deposito meus sonhos, desejos e esperanças,
no milagre da metamorfose.

Mas por que, nesta peça, eu não consigo estabelecer a prosa?!...


Eu que jamais pequei por omissão,
tenho por lema, o uso da franqueza,
muito embora, a verdade, às vezes, doa!
Ouvindo sempre a voz do coração,
vou caminhando, e com a natureza,
meu pensamento, apaixonado, voa!


Acho que, finalmente, encontrei o meu lugar,
a minha verdade, o meu destino!

Mergulho em águas tépidas,
que lavam minhas culpas e pecados,
e purificam pensamentos, emoções e sentimentos!

A natureza me acolhe, me abraça, me afaga, me envolve!

As fantasias e as paixões cândidas, permanecerão indeléveis,
porém, gravadas na memória de um tempo que não volta mais!

Definitivamente, acho que é hora de acordar!


(Dilma Damasceno)

Nenhum comentário: