"NAS QUEBRADAS DO SERTÃO"...

… E me perco na pureza

de cantares genuínos

em caminhos campesinos,

sob a luz da natureza!…



Relembro velhas toadas

nas vozes dos violeiros…

e os aboios dos vaqueiros

arrebanhando as boiadas!



O repente que resvala

"nas quebradas do sertão”,

acaricia e embala

meu sensível coração!



Quando o Repentista canta

em ritmo de gemedeira,

toca minh’alma brejeira…

e o meu penar, acalanta,

repetindo: ai, ai, ui, ui!…

Eu não sei cantar repente…

por isso, o meu verso flui

no papel, pausadamente...

e o meu sentimento vai

transbordando escriturado…

mas, quando resta exarado,

não tem “ui, ui”!… Só, “ai, ai”!

(Dilma Damasceno)

 Natal/RN-Nordeste-Brasil, em 13 de Dezembro de 2011