quarta-feira, 18 de junho de 2008

... EM NOITE DE LUA CHEIA!




Em que céu tu estás, criança linda,
que não te vejo, porém ouço ainda,
o pulsar do teu bravo coração!...
Onde estás, que não sentes meu olhar!...
Que não ouves o som do meu cantar!...
Que não cantas comigo, esta canção?!...


Não posso ver-te no teu paraíso!...
Também não posso contemplar-te o riso...
nem partilhar teus sonhos infantis!
Partistes cedo da minha presença!...
E sinto n’alma, uma saudade imensa,
por ter perdido o teu olhar feliz!


Mas posso ver-te no azul do céu,
rodopiando numa nuvem rosa,
- a face bela, de encontro ao sol -,
e posso desenhar-te no papel,
- os cabelos, voando em caracol -,
fazendo acenos à manhã ditosa!


No pensamento, vejo-te crescer
aguerrida e natural, qual deusa nua!...
Doce fruto de um sonho encantador!
“Indiazinha”, que não posso ter,
ah! se eu pudesse ter de volta, a lua
que fez de Ti, meu genuíno amor!

(Dilma Damasceno)
Brasil/Nordeste/Natal/RN, em 18 de Junho de 2008

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