quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CANÇÃO PARA MARISE




Marise: ainda ontem, eras bem criança…
e olhavas “tudo”, com o ar feliz!...
Do teu rosto infantil, vem-me à lembrança,
um sinalzinho na ponta do nariz!


… Custa-me crer que a vida, tanto andou,
ao ponto de já sermos “quase” avós!
E aqui estou a me lembrar de “Nós”!…
De um tempo bom, que para trás, ficou!


Recordo os teus encantos de outrora:
teus belos cachos com laços de fita!
Dançavas, tão faceira… e tão bonita!...
Só não eras mais bonita, que “agora”!


Pois, teus encantos de “agora”, são
impregnados de maturidade!…
És uma fonte de fraternidade!...
Um relicário de compreensão!


Ah, Marisinha, se eu tivesse o dom
de revelar na tela, o pensamento,
desenharia, à luz do sentimento,
teu bem querer… teu sentimento bom!…


E desenhava um batom permanente
em tua boca, na cor preferida:
tom rosa “intense”, retratando “vida”…
a colorir teu rosto, eternamente!…


Desenhava também, o teu olhar
cor de esmeralda… cor da plantação!…
E desenhava o lindo coração
que pulsa em teu peito, a borbulhar,
- germinando a semente da ternura -,
sempre amoroso, amigo, e fraternal,
que faz de Ti, um Ser Especial,
de alma luminosa, bela, e pura!


... Pródigamente, a poesia ovula;
fecunda versos cheios de emoção!...
O sentimento, é ventre em gestação;
a emoção, crescente, me estimula!…
E do meu íntimo, nasce uma canção
em homenagem à Ti, irmã caçula!


Com devoção e pertinaz fervor,
eu rogo a Deus e a Nossa Senhora,
que tua vida, em cada nova aurora,
seja um remanso de perene amor
a encantar o olhar, como se fosse
um cenário de luz e de esperança;
palco de sonhos, e de eterna dança,
sob os acordes da canção mais doce!


Esta canção que ternamente abriga
a essência pura do teu bem querer
como filha, irmã, mãe, e amiga;
como grande mulher, e grande ser…
não tem somente a minha assinatura...
além de mim, assinam, com carinho,
pessoas que te amam como eu;
de todas, tens os votos de ventura,
para que brilhe sempre em teu caminho,
essa luz natural que Deus te deu!...


O teu sorriso inspira um lindo sonho,
e me faz crer que “sorrir é preciso”!...
Chego a pensar que o solfejar risonho
do bentivi, se afina em teu sorriso!


E sempre que eu ouço: “bem te vi”...
a minha alma vibra enternecida.
Quantas vezes ouvistes, e ouvi:
“bem te vi”, “bem te vi”, à luz da vida!...


... Quantos fins de semana, com festejos:
matinal, matinée, e soirée,
ao sabor de poéticos harpejos
e do “nosso” repertório demodée
que animava saraus improvisados
com a essência de fluidos benfazejos…
ponto alto, onde os corações alados
decolavam, em translúcidos voejos!


É, lembrando momentos luminosos
(por serem muitos, - a extensão, não meço),
que espero por dias venturosos
para Ti e todos Nós!… Por isso, peço
que o Pai Celeste, acolha e realize
nossos pedidos, sonhos, e desejos!…
E que a chama do amor, reprise
do bentivi, os líricos solfejos!


… Solfeja a voz que louva e acarinha!…
Solfeja o coração que ama e diz:
Cativante e Querida “Marisinha”,
Sejas Feliz!… Feliz!... Sempre Feliz!



(Dilma Damasceno)
Brasil-Nordeste-Natal/RN, em 23 de Setembro de 2010



Post Scriptum



Para quem vive no Brasil,  a primavera chegou, e já se prepara para encher a vida de luzes e cores!

É tempo de reverenciar o sol… é tempo de saudar as flores!

Sem consultas, nem pareceres, o coração ordenou que eu me auto-nomeasse porta-voz dos que assinam comigo
esta canção escrita para Ti,
Marise,
- branca e formosa flor da família “Damasceno” -,
por seres uma criatura especial, fraterna e amiga,
dotada de sentimentos que despertam encanto, orgulho, e admiração!

Pedindo ao Pai Onipotente, Onisciente, e Onipresente, que nos conceda a Felicidade de contar com a tua presença boa e luminosa, entre Nós, por muitos e muitos anos, renovo aqui, os pedidos que costumo formular por Ti, em minhas orações:

Saúde, Sorte, Sucesso, Esperança, Luz, Amor, e Paz!

 
Natal/RN, em 23 de Setembro de 2010

Assinantes:

Francisca Edilza Damasceno (Irmã);
Cícero Manoel do Nascimento (Cunhado);
Sizógenes Damasceno e Nascimento (Sobrinho);
Maria Luisa (Sobrinha);
Josiara (Amiga);
José Cunegundes Damasceno Filho, "Zeca", e/ou “Zequinha de Zé Faustino” (Irmão);
Maria da Glória Lopes Damasceno (Cunhada);
Adriana Carla Damasceno (Sobrinha);
Juan Di Carlo Damasceno (Sobrinho);
Prêntice Mulford Bulhões (Marido);
Amanda  (Filha);
Daniel  (Filho);
Maria José Damasceno, nossa "Mazé" (Irmã);
Anderson Allan Damasceno de Medeiros (Sobrinho);
Eu, Dilma Damasceno, que tive a honra de ser vista por Zeca, e por Ti, como “Madre Superiora” da Família, já assinada no final da Canção (Irmã), e,
Joaquim Marques Almeida Cruz, “Meu Quim”, e portanto, teu Cunhado.

Nota

Se esqueci alguém que desejava constar da Lista dos Referendadores, peço desculpas, justificando que procurei representar as pessoas mais próximas.

Para referendar “Canção para Marise”,
é bastante manifestar o desejo, e logo cuidarei de inserir o nome, deixando expresso desde já, que será muito bem-vindo (a)!

domingo, 12 de setembro de 2010

E POR FALAR EM FADO...






No hangar das emoções,

meu sentimento flameja,

bate asas, e adeja,

enfrentando as provações!



Meu coração sofredor,

pulsa em tom descompassado!…

Como dói sentir amor,

distante do ser amado!



Peço a Deus que a voz do vento,

- com afinações de luar -,

faça soar meu lamento

do outro lado do mar!...



E peço que o temporal

passe logo!… E que o sonho

possa transbordar risonho,

com essência de floral!...



Mas, enquanto a dor vigora,

trazendo ao meu peito, o pranto;

e ao meu olhar, o quebranto,

eu rogo a Nossa Senhora

que o meu coração alado

suporte angústias e dores!…

Que a estação das flores

venha incensar o meu fado!



Em minha alma, ressoa

um som que me acarinhava!...

Ai, meu Deus, como eu gostava

de ouvir o “fado malhoa”!



(Dilma Damasceno)

Do Brasil para Portugal - com a alma em trânsito –

10 de Setembro de 2010