TARDE FELIZ, EM ALVERCA!
Cumpre-me registrar:
E foi com sentimento puramente místico, que cheguei em
Alverca do Ribatejo,
para conhecer a Igreja dos Pastorinhos,
a primeira Igreja dedicada aos beatos
Jacinta e Francisco Marto.
Feliz e emocionada,
andei no Largo dos Pastorinhos de Fátima...
contemplei o grandioso Templo...
rezei no Altar de Nossa Senhora, e no Altar dos Pastorinhos!...
Depois, percorri os 50 metros de degraus da Torre
que aloja o 2º maior Carrilhão da Europa, o 3º maior do mundo.
Vi de perto, os 72 sinos (mais de 42 toneladas de bronze)...
fiz uma parada no andar onde se encontra o teclado...
e pude acariciar as teclas, e ouvir o som melodioso que emitem.
O Guia, um Senhor extremamente gentil, explicava tudo direitinho,
que compõe o Cenário.
dedicados aos Pastorinhos.
No sino em homenagem ao beato Francisco,
lê-se “Deus Lux est”...
e no sino em homenagem à beata Jacinta,
“Tota pulchra es, Maria”.
Do miradouro, - o ponto mais alto da torre -,
tem-se uma visão belíssima!
Cheguei a sentir arrepios, contemplando Alverca,
à margem do encantador Rio Tejo!...
Ali, ao sabor da brisa acariciante, - envolvida pela natureza
ao sentimento da espiritualidade, eu me senti
“distante da maldade dos homens, e pertinho da bondade de Deus”!
e emocionadas lágrimas, rolaram em meu rosto!
Eu, que desde a infância, desejava visitar o local das aparições
ao conhecer a Igreja dos Pastorinhos,
senti que a realização do meu desejo, atingia a plenitude!
E mais uma vez, agradeci comovida, ao “Menino Quim”...
por haver me proporcionado tão lindo momento!
Maravilhada com tudo que me foi permitido ver e sentir,
estive a versejar, silenciosamente...
todavia, já não consigo silenciar o desejo de manifestar as emoções,
e a seguir, celebradas em Évora, durante um delicioso jantar
E eis os versos que fluíram, e armazenei na alma,
eis-me aqui, em seu altar...
com a alma iluminada
pela luz do seu olhar!...
Sob esse olhar luminoso,
que açucara o coração...
o sentimento, é ditoso!...
Pleno de amor e perdão!
Tocada pela emoção,
perdão eu peço, pois sei
que muitas vezes, pequei...
embora, sem intenção!
- Estive peregrinando
pelas estradas da vida...
com avidez, procurando
uma estação florida!...
De muito andar, fiquei tonta!
Foi tanto que eu pedi...
e tanto que prometi...
que até perdi a conta!
Uma promessa abrangente,
contendo todas que fiz,
formulei, serenamente...
à luz de um novo matiz!...
... No meu sonhar pertinaz,
caminho agora, sem pressa!
Paguei a minha promessa!...
Já posso seguir em paz!
(Dilma Damasceno)
Portugal, em 28 de Março de 2008