sexta-feira, 31 de agosto de 2007

"TAL E QUAL"... EM RELEITURA


A “Janela da Minha Rua
começou a sua trajetória em Fevereiro/07,
apresentando esta “Aprendiz de Poesia”, TAL E QUAL...

Decorridos 6 (seis) meses (de 18/02/07 a 18/08/07)
de poemas, contos, imagens, sonhos,
e manifestações sentimentais...

a “Janela da Minha Rua”,
apresenta esta eterna amante da poesia e do sonho,
um pouquinho mais madura...
porém, pensando do mesmo jeito!...



TAL E QUAL


Pinta-me, como sou: Ligeiramente louca!...
Mas, não esqueças de delinear
um amargo sorriso em minha boca!

O meu olhar, bem sabes, é tristonho!
Mesmo assim, não te omitas em traçar
na minha face, a expressão do sonho!

Fotografa-me, pois, sem alvoroço!
Quero ser copiada, fielmente.
Sem qualquer artifício. Em carne e osso!

Não sejas pródigo ao pintar-me o rosto.
Em meu semblante, tornes transparente
a marca do prazer; e o traço do desgosto!

Se me retratas como "borboleta",
devo avisar-te: Sou inconseqüente.
Meu coração, tem porta e maçaneta!

Mas, se queres entrar, - A casa é tua!
Pinta-me, então, apaixonadamente!...
Tal qual eu sou: Mulher! Vestida... Ou nua!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, em 30/09/1995
Releitura em 31/08/07


Nesta “releitura”,
um agradecimento especial ao Poeta Eugénio de Sá,
pela generosa manifestação pronunciada em
05 de Setembro de 2006,

tal e qual:


sábado, 25 de agosto de 2007

REVOLVENDO SENTIMENTOS...


Manda o meu espírito indômito
que eu permaneça sonhando
(acho que é o meu cerne de “cabra da peste”,
falando mais alto)...
ou é o meu sangue mestiço,
fazendo “fuzuê”em minhas veias... não sei!...
Mas, também pode ser porque me sinto muito “índia
(e gosto de sentir-me assim;
parece que aumenta a minha coragem!)...
O fato, é que um sentimento maior, grita fundo e forte
em meu ser,
e me estimula a extravasar o desabafo :



... Sabe o choro dos aflitos,
entrecortado de gritos,
enlouquecido de dor?!...
Foi esse choro chorado,
que quase mata afogado
meu coração sofredor!

Então me peguei em temas,
tipo: “E o Vento Levou”;
Quando Setembro Vier”;
e... “Adeus às Ilusões”!...
Eis agora, os meus dilemas:
pois, “setembro” já chegou!...
E assim, como quem não quer...
as "ilusões", remanescem!
... Que importa, se as provações
ainda me entristecem?!...
- Sonhar novos sonhos, vou!...
E seja o que Deus quiser!

(Dilma Damasceno)
25 de Agosto de 2007

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

PRECE, EM NOME DA AMIZADE!


Segunda-feira próxima finda,
eu me senti duplamente homenageada. E ainda emocionada,
humildemente, peço vênia ao Poeta Joaquim Marques,
para trazer à colação,
as manifestações de sua lavra, que me inspiraram a registrar
em prosa e em versos, o arrazoado que segue:


POEMAS de JOAQUIM MARQUES
Segunda-feira, 20 de Agosto de 2007


Que te posso dizer amiga
Para além do que estás disposta a ouvir?
Que te podem os outros fazer
Se não deixas essa paixão partir?

Choras o vinho azedo e turvo
Nessa garrafa de cristal
A garrafa é tão bonita
Que só falta despejá-la do mal
Lavá-la com água e sal
Deixá-la ao sol a secar
Para que outro amor possa entrar!

Aceitas fazer a transfusão?
É simples, não dói
E é o que precisa o teu coração.

(Joaquim Marques)


Amigo, Joaquim Marques,

No mural da minha janela, em 20/08/07,
eu me pronunciei encantada com o carinhoso e belo comentário
que outro amigo luso, o “Jardineiro de Plantão”,
escreveu no meu “Livro de Mensagens”...
Em seguida, li o poema: A ti, amiga d'além mar,
que deixastes na seção de comentários do meu blog...
e depois, publicastes no teu edificante site.
Confesso: o meu encantamento, aumentou!
E fico a me perguntar, o que fiz para merecer amigos tão gentis e carinhosos!...
O meu cerne me diz que, "no campo da amizade", sou uma criatura de sorte!
E sou mesmo, pois tenho amigos verdadeiros e especiais.
Na terra lusa, que tanto me encanta e apaixona, conto com amizades preciosas...
e começo por citar a adorável e talentosa Luiza Caetano, Pintora e Poeta...
que gentilmente, identificou-me como "companheira da calçada da poesia",
o que para mim, foi uma honra!
Na Região do Alentejo... precisamente, na histórica e linda Évora,
tenho a felicidade de ter os maravilhosos amigos: Carlos Ferreira e Rosa...
Já, na encantadora Cascais,
tenho o privilégio de contar com a tua valiosa amizade!
Emociona-me constatar que, apesar da distância,
podemos manter um relacionamento tão amigo, fraterno, e solidário!...
Li e reli este bonito “poema"/conselho... oportuno e cativante...
e posso dizer-te, que muito gostaria de fazer como sugeres.
Quantas vezes, já tentei ser racional, meu amigo!...
Mas, não consigo mudar o meu sentimento!
Como justificativa, só tenho mesmo, a minha forma de pensar e de ser:
"Os cientistas falam com a voz do cérebro;
os poetas, com a voz do coração”!

Pertenço a uma safra de sonhadores e românticos,
extremamente sentimentais... profundamente amorosos...
e, literalmente, fiéis...
que quando gostam... gostam intensamente!...
E quando amam... amam intensamente!

Mas, te digo, Joaquim, que este eloqüente e solidário Poema,
já é uma transfusão em meu ser...
pois, além de representar um degrau a mais, em nossa amizade...
injetou fluidos eficazes e confortadores em meus pensamentos!

Não te agradeço, pois aprendi que:
Não se agradece a um amigo! Retribui-se, simplesmente!”

"Retribuindo" sensibilizada, tenho a registrar:
daqui deste “Brasilzão
verde, amarelo, branco, e azul anil -, país tropical abençoado por Deus -,
a tua “amiga d’além mar”, pede ao Divino Espírito Santo
que pavimente a tua estrada com as lindas cores do arco-íris,
simbolizadas em forma de
alegria, ternura, carinho, esperança, sonho, doçura, e amor!...

E que o teu lar, - como na encantadora imagem - ,
seja inundado de luz, beleza, e candura!

Desejo ainda, a ti e aos teus filhos,
vida serena... saúde perfeita... e, sucesso pertinaz!

E para completar o quadro da minha singela retribuição,
eis como se despede a tua "amiga d'além mar"...



"PRECE, EM NOME DA AMIZADE"!


Versos que te ofereço, Amigo e Poeta Joaquim Marques,
inspirados no teu Poema: A ti, amiga d'além mar



Minha terra hospitaleira,
com a tua, se irmana.
Se eu não fosse "brasileira",
queria ser, "lusitana"!


À luz da simplicidade,
"versejar", me apetece...
e então, faço uma "prece,
em nome da amizade
":


Oh! vento que leva e trás,
emoções e sentimentos...
recebas meus pensamentos,
e leve-os até "Cascais"!...


É meu desejo que embarques
lindos raios de luar
do meu sertão potiguar,
e leves p'ra "Joaquim Marques"!...


Leves o calor do sol!...
A quietude dos campos!...
O brilho dos pirilampos!...
A doçura do arrebol!


Leves a tórrida canção
que embala a minha gente!...
Leves também, de presente,
esta singela oração!


E, se puderes levar
o último apelo que faço,
leves o fraterno abraço
desta "amiga d'além mar"!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, em 23 de Agosto de 2007

ENQUANTO EXISTIR SONHO E AMOR...



Comigo, não tem jeito!...
Sofro... choro... mas, não desisto de sonhar o amor!
Sonho com o amor, desde a adolescência...
Infelizmente, tenho sonhado em vão... esperado, inutilmente!...
Acontece, que nunca em minha vida,
desisti dos meus sonhos!...
E não será agora, que desistirei!
Portanto, continuarei sonhando...
desejando...
fantasiando!...
Todavia, já não tenho pressa!...
O que será, será"!

Recentemente, li o belo DUETO: “Tardes de Jasmins” ,
de Eliane Couto Triska & António Zumaia...
e destaco dois versos, um de cada poeta, respectivamente:


“... Nas tardes que a rama umedece
ao som que o fado convida,
nas pautas que o amor enaltece
tu dizes: te quero, querida!...”


- “... Na penumbra dessa tarde quente,
sentindo o belo fado, cantaremos…
Este belo amor cálido e latente,
impresso na pauta, que já vivemos...”


Confesso que ler “Tardes de Jasmins”,
foi um verdadeiro deleite!...
E me surpreendi lembrando um trecho da linda
"Canção do Exílio",
do extraordinário Gonçalves Dias...


"... Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;..."


Emocionada, ousei versejar, fazendo minha,
a manifestação entre aspas:

Meu coração tem fronteiras,
onde o sonho não tem fim!...

"Não permita Deus que eu morra",
sem viver um sonho, assim!


Como se vê, não tenho jeito, mesmo!...
O amor sonhado, e o sonho amoroso,
são matérias principais do meu aprendizado poético!...
Talvez, por isso, eu esteja sempre escrevendo
coisas assim:



Eu tenho fé que um dia,
hei de provar o sabor
do “amor, sublime amor”,
em perfeita sintonia
com o sonho e a fantasia!
Quando esse dia chegar,
meu coração vai bailar...
sorrir... voar... florescer!...
Sonharei até morrer!...
Ou morrerei de sonhar!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, 23 de Agosto de 2007

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ILUSÃO



... E porque precisava falar... transigir... desabafar...
e me encontrava sem inspiração,
eu me socorri de um poema do fantástico Poeta
Manuel Bandeira.
Vale a pena, ler esta maravilha...
HIATO

“És na minha vida como um luminoso
Poema que se lê comovidamente
Entre sorrisos e lágrimas de gozo...

A cada imagem, outra alma, outro ente
Parece entrar em nós e manso enlaçar
A velha alma arruinada e doente...

Um poema luminoso como o mar,
Aberto em sorrisos de espuma, onde as velas
Fogem como garças longínquas no ar...”



Desejei...
e como desejei escrever um texto em prosa,
para manifestar
a emoção sentida com a leitura dos lindos versos!..
Não consegui!
A melancolia resolveu falar mais alto...
e me induziu a pensar em sonhos proibidos!...
Então, pensei que versejando,
conseguiria manifestar o sentimento de melancólica incerteza
que tomou conta do meu ser...
mas, somente consegui escrever 10 (dez) pobres linhas!...
E naturalmente, fica difícil ser compreendida,
como gostaria:
a partir do meu estado de espírito...




Não pensei que “amar” fosse pecado,
nem que o “sonho”, fosse proibido!...
Sempre achei que o amor, só tem sentido,
quando quem ama, também é amado!
Ao desejo do sonho mais sonhado,
eu me entreguei, de alma e coração!
Amei!... Sonhei!...Vibrei de emoção!...
Só não sabia que era alto, - o preço!
... E agora, tristemente, eu reconheço
que “tudo” não passou de “ilusão”!


(Dilma Damasceno)

FALSA PRIMAVERA!




O meu infortunado coração,
tanto enganou-se, que se desespera!...
Encantou-se com a falsa primavera,
e foi flechado pela ingratidão!...


De dor em dor, suporta os desalinhos,
a esperar por flórida estação!...
E a pulsar entre o pecado e o perdão,
vai palmeando os íngremes caminhos!


Nas noites frias, se recolhe, e chora!...
Mas, quando o sol embala o seu penar...
enxuga o pranto, e segue vida afora!...


E assim, de provação em provação...
alimenta a esperança de chegar
ao limiar da verdadeira floração!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, 16 de Agosto de 2007

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

UM SONHO QUE NÃO VOLTA MAIS!




Doce amor, que um dia me acenastes
com os sonhos mais lindos que sonhei,
nos teus mistérios, eu me embrenhei...
e aprendi as lições que me ensinastes:


Ao sabor do mais puro sentimento,
mergulhei em delírios flamejantes!...
Descobri os encantos delirantes,
e delirei de pleno encantamento!


Embalada por sons de realejos,
eu naveguei no mar das seduções!...
Desvendei as mais loucas emoções,
e enlouqueci em ondas de desejos!


Infelizmente, o grilhão do amargor
marcou de fel, a principal lição...
e penhorei a alma e o coração,
p´ra ter de volta, o sonho encantador!...


Mas, os ventos trouxeram temporais!...
E o “doce amor”, sonhado e luminoso,
gravou em meu olhar triste e saudoso,
o adeus de um sonho que não volta mais!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, 09 de Agosto de 2007

POR AMAR... POR AMOR...




Por amar, sinto amargor...
mas, minh’alma não reclama.
Meu coração sofredor,
quanto mais sofre, mais ama!


Por amor, sigo trilhando
os mais ásperos caminhos!...
Mas, apesar dos espinhos,
prefiro seguir amando!


Por amar, conheço a dor!...
Por amor, vivo a penar!
Mas, só deixarei de amar,
quando morrer desse amor!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, 08 de Agosto de 2007

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

APENAS, UM ENSAIO...




Tento ensaiar um quadro auspicioso,
dedicado ao amor... porém, que pena!...
O sentimento, brota doloroso...
e transforma o ensaio, em triste cena:


Sinto a pena falhar na mão cansada,
enquanto as letras vão perdendo a tinta...
e a incerteza, fria e desalmada,
envolve a mão que, fatigada, pinta!


As palavras, outrora, esperançosas,
- ignoradas -, caem no vazio!...
E me vejo entre nuvens nebulosas,
qual solitária andorinha, sem estio!


... Eu não sabia que amar, doía assim!...
Mas, tanto amo, que não sei viver
sem esta pena tão gasta, de escrever
o amor dorido que flameja em mim!


(Dilma Damasceno)
Natal/03 de Agosto de 2007

UM TRIBUTO AO REPENTE


Neste início de Agosto,
já sinto a brisa prenunciando a estação da primavera,
e como sempre me acontece,
começo a me sentir ligeiramente nostálgica...
Hoje, por exemplo,
despertei com uma vontade louca de ouvir baião de viola...
e de repente, senti o desejo de publicar nesta Janela,
"UM TRIBUTO AO REPENTE",
repetindo a homenagem que em 25/05/06, prestei ao Poeta Violeiro,
GERALDO AMÂNCIO PEREIRA,
Ao mesmo tempo em que confirmo a homenagem,
amenizo
um pouquinho,
a saudade da vivência puramente tradicional...
trazendo à Janela da Minha Rua,
informações sobre um Poeta Repentista que tenho como mito,
e vejo como autêntico representante da poesia de raiz...

Conheci o Maravilhoso Poeta e Repentista,
GERALDO AMÂNCIO PEREIRA, no limiar da minha adolescência.
E logo percebi que me encontrava diante de um talento extraordinário.

“Era astrólogo ou simples poeta? Era o vidente do ar.
Tinha uma loja azul cobalto,
claro céu dentro do bazar. Teto e paredes, só de estrelas:
e a lua no melhor lugar.”
(Cecília Meirelles)

Jamais esquecerei a emoção que senti ao conhecer GERALDO AMÂNCIO!
Eu, que acabara de ler “O PEQUENO PRÍNCIPE”,
do fantástico “Antoine de Saint-Exupéry”,
e me encontrava literalmente encantada com as lições de ternura
que o livro apresenta, julguei estar visualizando “O GRANDE PRÍNCIPE” (denominação minha), que em seguida, substituí pela denominação:
"PRÍNCIPE DA POESIA POPULAR",
considerando a compleição e o semblante do Poeta,
que em verdade, não apresentava traços de beleza física,
mas de uma beleza interior incomensurável,
que esplendia nos “cabelos louros”, nos “olhos verdes”, no sorriso largo,
na voz contagiante, na fluência poética, na eloqüência do improviso,
e muito especialmente, na aura luminosa que o envolvia!...
Manifestação plena da poesia autêntica e ardorosa,
do carisma dominante, da ternura lírica, da empatia milagrosa!...
Não tive outro jeito para prosseguir absorvendo o encanto
da Literatura de Cordel,
a não ser, também me encantando por Geraldo Amâncio!
A primeira cantoria de viola que presenciei,
com a participação de Geraldo Amâncio,
ficou indelével na minha memória,
como verdadeira apoteose de lirismo!
Tive a sensação de encontrar-me diante de uma gigantesca
cachoeira de versos!...
De uma fonte inesgotável de inspiração envolvente e apaixonante!
Na minha visão de adolescente,
o Poeta de "Cabelos de Sol" e de "Olhos de Mar",
figurava, como traduz a quadra que, singelamente,
ousei escrever:


Um Deus da Arte, um Apolo
Itinerante!... Envolvente!...
Conduzindo a tiracolo,
a bagagem do Repente!


O tempo passou!...
Geraldo Amâncio, poeta iluminado, admirável manancial
de inspiração terna e doce, conquistou espaços infinitos
e atravessou delirantes fronteiras!
Em 27/01/1996, recebi do talentoso poeta, um exemplar do Livro:
"DE REPENTE CANTORIA",
que tem como Autores, Ele, e o conceituado Poeta
VANDERLEY PEREIRA,
que infelizmente ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente!
Como dedicatória, Geraldo Amâncio escreveu:

“De uns cabelos desbotados
Que foram da cor do sol,
Para a maior poetisa
Que imortaliza o TIROL.”

“Tirol” é um bairro antigo e nobre, de Natal/RN,
bastante agradável, florido e poético.
Sempre gostei do Tirol, sempre me encantei com a beleza
das suas manhãs ensolaradas,
com a brisa suave que acaricia as flores,
com o verde que a vista alcança, enfim,
com a natureza que toma conta das ruas largas e bem cuidadas.
A gentil dedicatória,
mexeu e remexeu com meus “hormônios emocionais”,
aumentando a saudade do lirismo de antigamente.
Com a alma impregnada de ternas lembranças, escrevi:


Eu bem sei que no Tirol,
Toda vez que eu passar,
Verei Cabelos de Sol
E olhos verdes de Mar!


O tempo, que não pára de passar, continuou passando,
e com perfeita maestria,
GERALDO AMÂNCIO lapidou improvisos e criações!
No manejo da inseparável viola,
multiplicou o seu acervo de jóias poéticas,
e transformou-se em preciosa mina de versos,
cuja formação é modelo de inteligência, sensibilidade,
sapiência, arte, e ciência!
E se no início de sua carreira de Poeta e Repentista,
conduzindo uma bagagem de versos e sonhos,
Ele fazia jus ao título de "GRANDE PRÍNCIPE",
agora, com o seu acervo literário, pleno de:
realizações, crescimento, sucesso, ações, e reconhecimento,
indubitavelmente, faz jus ao título máximo!
As estradas, por Ele percorridas, resultaram em horizontes de luz!

A poesia, gerada nas entranhas da improvisação,
criou raízes fecundas e profundas!...
Ramificou e se expandiu. Germinou. Floriu. Cresceu e encantou!
Embalada pela Mãe Natureza e Abençoada por Deus,
a poesia de "GERALDO AMÂNCIO", amadureceu!
Sua trajetória começou pelos Versos e pelos Baiões de Viola, depois,
transformou-se em Grandes Cantorias, em apresentações no Rádio,
em memoráveis Congressos, e em diferenciados Eventos importantes.
Adentrou nos Estúdios, e passou a ser vista no Disco, no CD, e no DVD.
Ingressou nas Editoras, e está nos Livros.
Tornou-se gloriosa na Imprensa Falada e Escrita.
E sem dever nada ao universo da comunicação,
vem crescendo e conquistando espaço na Televisão e na Internet!
Arte espiritualizada, que contempla na essência,
a história do homem da terra...
as tradições, o folclore, os usos e os costumes, nos contextos:
local, regional, nacional, e internacional.

Na hierarquia dos títulos, GERALDO AMÂNCIO, mudou de colocação.
Deixou de ser Alteza para ser Majestade!
E no Reinado Milagroso da Poesia Popular, merecidamente,
passou a brilhar "UM GRANDE REI"!

Mais do que antes, faço parte do seu exército de admiradores.
E quero transferir a admiração que sentia pelo "PRÍNCIPE",
agora, para o "REI",
cujo Reinado, não tenho dúvida, será Vitalício!
Em sintonia com a dedicatória que me foi endereçada
em tempos pretéritos, e pedindo vênia ao admirável Poeta,
para fazer “minhas”, algumas das suas palavras,
eis-me a registrar em versos:



O meu tributo, ao Poeta
de “cabelos desbotados,
que foram da cor do sol”,
e agora, são prateados!


Esta “Aprendiz de Poesia”,
que entregue à fantasia,
o “Tirol”, tanto cultua...
diz porque, eles mudaram:
Certamente, desbotaram,
Pra ficar da cor da lua!


E quanto mais poesia
jorrar do seu coração,
mais perto eles vão ficar,
da alva cor do algodão!


Os seus cabelos de sol,
Com o tempo, clarearam!...
Porém, seus olhos de mar,
"esses", em nada mudaram!...


Nem mudarão! E portanto,
a troca que o tempo fez,
só aumentou o encanto
do “Cantador de Vocês”!


Entre “Vocês”, eu estou!...
E procuro inspiração
para dizer como é grande
a minha admiração
pelo Poeta que canta
e aos ouvintes, encanta
com seus versos e desvelos,
exaltando a natureza,
sob a luz da madureza
que prateou seus cabelos!


Às lembranças que guardei,
o meu coração se rende,
enquanto a alma, flutua!
Seja Feliz, "Grande Rei",
com esse brilho, que esplende
em seus "Cabelos de Lua"!


(Dilma Damasceno)