terça-feira, 31 de julho de 2007

SENTIMENTO ESPECIAL



Neste 31/07, data em que mudo de idade...
que me chama à realidade,
e já me induz a fazer um “balanço de vida”!...
Precisamente, neste momento,
em que o relógio marca 23:50 (hora brasileira),
profundamente emocionada, agradeço de coração,
as demonstrações de carinho que recebi de
amigos do orkut
e/ou visitantes desta Janela:


Ana Maria Silva (Guarapari/ES/Brasil);
Stelinha Teixeira (Porto Alegre/RS/Brasil);
Gleci Martins (Porto Alegre/RS/Brasil);
Luiza Caetano (Portugal);
Xandina Pinto (Arraial do Cabo/RJ/Brasil);
Eugenia Pais de Ramos (Portugal);
Michelle Câmara (Natal/RN/Brasil);
JC MorenoAltoDevastador (Curitiba/PR/Brasil);
Kelly Porto (Natal/RN/Brasil);
Sonia Araújo (Alfenas/MG/Brasil);
Bianca Freitas - "Lua" (Lisboa-Portugal/Rio de Janeiro-Brasil);
Graças Alfredo (Extremoz/RN/Brasil);
Fábio Mário (Universidade de Évora-Portugal);
Lúcia Martins (São José de Mipibu/RN/Brasil);
Carlos Ferreira & Rosa (Évora-Portugal).

Com um abraço especial e carinhoso,
e na forma que mais gosto de externar meus sentimentos,
saúdo a todos com um simbólico brinde, acompanhado de flores...
e declaro:


Hoje, a idade madura
me faz pensar diferente...
e formar, singelamente,
um juízo de valor
sobre a “amizade” pura:
Um verdadeiro presente!
E como é doce, o sabor
de gente amiga da gente!


(Dilma Damasceno)
Natal/RN, 31 de Julho de 2007

RETRIBUINDO UM LINDO PRESENTE (RELEITURA)



(Dilma Damasceno)
Natal/RN, em 31 de Julho de 2007

E POR FALAR EM SAUDADE...


MOTE:

REGISTREI NA MEMÓRIA DA SAUDADE,
A LEMBRANÇA DO AMOR QUE ME ESQUECEU!

GLOSA:


Desde cedo, “intuí” que meu destino
era viver de esperança e fantasia!...
Com ardor, abracei a poesia,
e dela, fiz o meu sagrado hino!
Nos acordes do sonho genuíno,
meu coração encantou-se, e se perdeu!
Pertinaz, a solidão me envolveu...
e carpindo cruel realidade,
registrei na memória da saudade,
a lembrança do amor que me esqueceu
!

(Dilma Damasceno)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

SOB A LUZ DA PRIMAVERA



... A primavera havia apenas, começado!
Eu me sentia encantada...
em completa sintonia com a sedução das flores!
Que me perdoem os leitores e amigos,
pelos versos ligeiramente, eróticos...
pois, fluíram inspirados em momento de ardoroso sonho!...
Não resisti à voluptuosa correnteza de desejos e emoções!...
Então, escrevi...


... E ao saborear-te o ardor primaveril,
eu me sinto outra vez, adolescente...
e me entrego, apaixonadamente,
sob a luz de um céu cor de anil!


És todo amor! Flamejas, excitado!...
E a minha boca se deleita no desejo
de acarinhar o teu corpo, beijo a beijo,
até deixar-te, de beijos, tatuado!


Meu coração, esplende o encantamento
de receber-te em completa comunhão!...
E já não sei dominar esta "efusão"
que ativa as chamas do meu sentimento!


(Dilma Damasceno)

A DOR DA MINHA SAUDADE...


Como vivo?

- Simplesmente!...

Advogando,
e dividindo o meu tempo entre a advocacia
e a vida no campo.
Paralelamente, leio e escrevo bastante.
Raramente, saio.
Economicamente, me enquadro na classe média.

O que me rodeia?

- Trabalho e família...
- Poucas pessoas. Praticamente, meu filho e uma irmã.
Raros parentes. Poucos amigos. Muitos livros!
No campo, meus animais de estimação, e mato...
bastante mato!

Sou fascinada pela Literatura de Cordel,
e sempre gostei de rabiscar alguns versos!...
Minha vida, nunca foi fácil!...
Sofri imensamente, e ainda sofro,
mas Deus, Pai Onipotente, Onisciente, e Onipresente,
estendeu-me a mão fraterna!...
Um amigo de fé, de nacionalidade portuguesa:
o ilustre e admirável cidadão eborense, Carlos Ferreira,
a quem sou imensamente grata...
solidariamente, incentivou-me a divulgar
o meu aprendizado literário, em espaço próprio...
o que passei a fazer,
a partir de fevereiro do corrente exercício,
com a criação deste Site bastante simples...

que para mim, tem valor inestimável.
Em verdade, este Site significa um grande presente!...
Além de ser fonte de inspiração para o meu versejar...
é manancial de calor humano e fraterno!...
É colo para minhas amarguras e tristezas...
é luz para os meus momentos de intensa nebulosidade!

Nesta "janela"
(que muito me encanta, pelo carinho dos visitantes e amigos),
eu descrevo sonhos, desejos, emoções...
e seja qual for o sentimento que me domine...
não tenho reservas, e me apresento “tal e qual”...
como sou, e como sinto!

E neste momento, o meu verso é sentido e nostálgico:

MOTE:

"DESPERTA, POETA, E CANTA
A DOR DA MINHA SAUDADE"!

GLOSA:

Quem ama sem ser amado,
não sente prazer na vida.
Eu quis, e não fui querida...
e este, é meu triste fado!
Meu coração extremado,
perdeu a felicidade!...
E sem reciprocidade...
de sonho, se acalanta!...
"Desperta, Poeta, e canta
a dor da minha saudade"
!

(Dilma Damasceno)

sexta-feira, 20 de julho de 2007

NÃO CHORES, CORAÇÃO!


"O coração humano é como as laranjeiras:
floresce um mês e espera outro setembro em flor..."
(AlFHONSUS GUIMARAENS)


... E se um barco parte em mar aberto,
conduzindo o amor apaixonante...
E se no cais da saudade, o olhar deserto
se despede do sonho delirante...


Não te lamentes pelos dissabores!...
Pois, amores e sonhos... vêm e vão!
Entre as pedras da vida, existem flores!...
Não sofras mais!... Não chores, coração!


Poderás serenar os desalinhos,
regando flores... e, ceifando espinhos!


(Dilma Damasceno)

A HORA DO ÂNGELUS

Jamais tive o hábito de dormir durante o dia.
Ontem, encontrava-me no campo,
e inexplicavelmente, adormeci após o almoço.
Quando acordei, a tarde já se despedia.
A paisagem mostrava-se nostálgica e misteriosa...
aproximava-se a hora do Ângelus... a hora dos acordes sublimes!
Um sentimento puramente místico inundou o meu coração...
E agora, eis-me aqui... a relatar em versos, as emoções sentidas!




... Despertei, suavemente,
sentindo a alma, saudosa.
Findava, a tarde. O poente,
mostrava tons cor de rosa!


O pôr-do-sol refulgia.
O vento soprava brando.
Bem longe, um sino batia,
o "Ângelus", anunciando!


Ao som da Ave Maria...
de joelhos, meditei.
Pensei no que mais queria!...
E humildemente, rezei:


Oh! Santíssima Trindade!
Adoce o meu sentimento!...
Fazei de mim, instrumento
da Vossa Santa Vontade!...


Proteja o meu coração,
da mágoa e do desalinho!...
Me poupe da tentação!...
Me guarde no bom caminho!...


Com graça, luz, e bondade,
me ajude a fazer o bem!...
Me mostre a felicidade!...
Me livre do mal!... Amém!


(Dilma Damasceno)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

UM LINDO SETEMBRO...


Sempre me emocionei com a candidez da natureza!
Sou capaz de escalar uma íngreme montanha,
para admirar uma simples florzinha!
Ontem, eu me encontrava no campo, e contemplava o pôr-do-sol,
à margem da lagoa... o que sempre faço, e jamais me canso de repetir!
Quando o sol desapareceu por completo,
centenas de pirilampos brilhavam entre os juncos.
Com o olhar marejado, fiquei ali, um bom tempo...
sem precisar o que era mais emocionante:
Olhar as estrelas no céu... ou tocar as estrelas no chão!
Sem resistir, colhi um vagalume,
que por alguns segundos, brilhou em minha mão!...
Senti como se uma constelação inteira, iluminasse a minha alma!
Logo, a emoção me transportou para lembranças
que não querem calar!...



Era Setembro!... Estação
perfumada e envolvente...
sonho, desejo, e, paixão
fremiam, candidamente!


Graciosas borboletas,
de várias formas e cores,
ensaiavam piruetas
em torno de lindas flores!


Suave borboletinha
despertou minha ternura...
Era tão amarelinha!...
Tão cheia de formosura!


No céu de azul turquesa,
o sol ardente, brilhava.
Em louvor à natureza,
o amor, presente, estava!


Sob a luz do infinito,
meu sentimento, externei.
Era “tudo”, tão bonito!...
E então, me apaixonei!


(Dilma Damasceno)

NO CARROSSEL DA PUREZA



Hoje, eu tive uma comovente e grata surpresa:
fui contemplada com a visita dos ARAUTOS DO EVANGELHO,
trazendo a imagem de Nossa Senhora de Fátima,
para ser coroada em meu lar!
Emocionada, rezei e agradeci a Deus pela generosa visita!
Respeito todas as religiões, porém sou Católica Apostólica Romana...
e desde criança, sou devota de Nossa Senhora de Fátima!
Tocada pela emoção do momento místico, pensei na linda música
de Roberto Carlos, cujo refrão, diz:

“...
Nossa Senhora, me dê a mão...
cuida do meu coração...
da minha vida, ai... do meu destino...
do meu caminho... cuida de mim”

E então, não consegui conter,
nem as lágrimas, nem o forte e crescente desejo
de registrar sentimentos da minha infância...
quando o amor era pleno de ternura, pureza, e candura!



Quando eu era pequenina,
dentre os devaneios meus,
no topo de uma colina,
eu conversava com Deus!


Havia luz nos caminhos;
sonhos, de todas as cores!...
Borboletas... passarinhos,
revoavam sobre as flores!



A colina, transbordava
de poesia e beleza.
Feliz, minh'alma brincava
no carrossel da pureza!...


... E Deus, Pai Onipotente,
fonte de Amor e Esperança...
embalava ternamente,
os meus sonhos de criança!


(Dilma Damasceno)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A DOR DA DESILUSÃO...


"Frustrada a paz,
a guerra continua no céu, no mar, nos cafundós da lua.
Uma esperança aponta nessa bruma:
é o cachimbo da paz!... Mas, ninguém fuma."

(FRANCISCO CARVALHO)



No princípio, havia tudo:
Amor... Sonho... Poesia!
O céu, era luminoso...
O mar, era mais formoso...
A natureza, sorria!


Tudo era lindo!...Contudo,
Já não existe alegria.
O céu, hoje, é nebuloso...
O mar, parece assombroso...
A natureza, arredia!


E pensar que há bem pouco,
tudo era Encantamento!...
Amor... Sonho... Poesia!
Meu coração, pobre louco,
entregue ao esquecimento,
esqueceu a fantasia!...


Assim, frente à desventura,
vou lutando, sem escudo!...
E nada mais, faz sentido!
É grande, a minha amargura!
Melhor seria, se o “tudo”,
nunca tivesse existido!


(Dilma Damasceno)

CORAÇÃO INGRATO


Não há como explicar o amor.
Simplesmente, acontece...
independente do querer, da idade, do tempo.
Sempre fiz parte da corrente que defende a assertiva:
No coração, ninguém manda”!
Romântica por natureza, e extremamente sonhadora,
fiz do amor e do sonho,
os meus principais e verdadeiros motivos de encantamento!
E de tanto desejar o amor e o sonho, acabei por confundir sentimentos.
Previ tantas coisas, no meu sonhar!...
Só não previ que, na estação da madureza,
o amor faria “gato e sapato” do meu coração.
Pensei... e como pensei... que os delírios do do amor,
fossem típicos da idade adolescente...
quando os apaixonados são inexperientes e voltados para a aventura.
Jamais imaginei que sonhar o amor maduro, pudesse causar sofrimentos,
ao ponto de gravar cicatrizes na alma...
e de originar versos assim:



... Por amar, vivo sofrendo...
trilhando espinhosa estrada!...
Não sinto prazer em nada!...
De lembranças, vou vivendo.
Ainda assim, compreendo
o "amor" que não me quis.
Do meu jardim, sem matiz,
eu pinto um triste retrato!...
Me diz, coração ingrato,
qual foi o mal que lhe fiz
”!


(Dilma Damasceno)

domingo, 8 de julho de 2007

FANTASIA VERSUS REALIDADE (I)...



É triste, adormecer triste,
e acordar mais triste, ainda!
Mas como em meu ser, existe
uma compulsão infinda,
para o que "der" e "vier"...
manifesto os sentimentos,
ao fluir dos pensamentos...
seja qual for, o mister!



No meu caminhar incerto,
de tudo, aprendi um pouco!...
Cativo do amor deserto,
chora encolhido em meu peito,
um coração meio louco!...
Nos braços da natureza,
procuro encontrar um jeito
p’ra suportar a tristeza!


E percorro a verde mata,
ouvindo o som cristalino
dos pássaros, e da cascata...
do vento que assobia,
rodopia, canta, e pia
como gaivota, a soar
nas notas do meu destino,
embalando o meu penar!


(Dilma Damasceno)

FANTASIA VERSUS REALIDADE (II)...




Peço a Vida: não me tire
o canto dos passarinhos...
o vôo das borboletas...
o brilho dos pirilampos!
E mesmo que eu delire,
e chore pelos caminhos...
deixai-me ouvir as retretas
dos maestrinos dos campos!


Que a minha poesia
de aprendiz renitente,
prossiga, tendo por guia,
o sentimento, somente!...
Que mostre o verso sentido,
feito ao sabor da emoção...
com o tempero colhido
na horta do coração!


E quando a dor da saudade,
minha voz, silenciar!...
Quando nada mais restar
do amor que me invade!...
Se “recordar, é viver”...
meu desejo, é recordar!...
De emoção, delirar!...
De recordação, morrer!


(Dilma Damasceno)